Quinta da Espinhosa: A Visita

Era há muito, mesmo há muito tempo, objectivo para cumprir, meada para desenrolar. Era inadmissível que, ali ao pé de mim, não tivesse, ainda, metido os pés como deve ser dentro do chão que é pertença da Quinta da Espinhosa.







A Quinta é, naquele território, nome com décadas, com muita história na região. Com tradições fortes, com raízes fundas.





E o que devo dizer mais? Sou franco, não sei. As informações foram imensas, foram entrando em catadupa, numa torrente imparável. Recordo-vos que, também aqui, andou a mão de Magalhães Coelho. Também aqui, este saudoso homem deixou marca, deixou memória. 
Por entre muros, ficou-se, eu fiquei, embasbacado com a diversidade de rótulos, de vinhos, de colheitas, de tipos e feitios. Alguns deles, meros ilustres desconhecidos. Em poucos metros quadrados, é possível observar toda uma vida, todo um percurso. É, não se esqueçam, casa de pessoas, casa de uma família.









Fica, no entanto, a convicção que este produtor tem estatura e estatuto para se mostrar ao mundo, sem qualquer vergonha, receio ou medo. Os vinhos deviam estar logo ali à nossa mão. Teríamos, deste modo, a hipótese de abrir outros horizontes, sentir outras formas de fazer e ver o vinho. E nós, porque merecemos, ficaríamos bem mais ricos. Não acham? Eu acho.

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