Simplesmente: Back to Basics

Há momentos que se tornam icónicos por representarem na perfeição um estado de alma, a razão pelo qual optámos ou tentámos ser assim e não de outra maneira. São lances que nos fazem relembrar do que gostamos efectivamente, independentemente de modas ou corridas desenfreadas em busca sabe-se lá do quê. À procura de um graal que não existe, de facto. São momentos que nos dizem, tal altifalante ao ouvido: pára!

Simplesmente tinha tudo para não vingar. Mas vingou. Vingou de forma brilhante. Sorte ou acaso?

Na verdade, e em jeito de partilha, ando numa silenciosa demanda com o propósito de reencontrar a inocência perdida, numa tentativa de regressar ao básico, ao elementar. Despojar-me de todos os desejos, aspirações e ambições sem sentido, relegando para posições secundárias coisas e actos que são, na verdade, meras ilusões que apenas desgastaram e ainda desgastam. Que desviaram do óbvio, do que realmente importa e interessa. Que nos vão matando lentamente, impossibilitando de viver.

Era disto que gostava.
É como se quisesse voltar à condição de criança, que já fui, a olhar para uma montra repleta de brinquedos que não posso ter. Mirá-los por breves segundos, mas seguir caminho aconchegado pela mão da mãe. Sinal de resignação? Talvez sim. Talvez não. Antes sinal de constatação: cada um faz o que pode fazer e tem o que pode ter.

Comentários

Anónimo disse…
"É como se quisesse voltar à condição de criança, que já fui, a olhar para uma montra repleta de brinquedos que não posso ter..."

Que tal pedir um empréstimo?