Pára Tudo: Muros Antigos 2012

Ok! Vou dar um pouco a mão à palmatória. Digamos que é, vá, assumir que existem bons alvarinhos. Ou melhor: existem alvarinhos que enchem as minhas medidas. Assim é mais correcto, porque a maioria, e o universo é o meu, continua mostram um conjunto de características que assumidamente não aprecio. Não é exclusivo daqui, acontece o mesmo na maioria dos vinhos portugueses, apesar das melhorias que temos vindo assistir. Estão porreiros, estão bem feitos, estão bem trabalhados. Por vezes, trabalhados demais. Tecnologicamente perfeitos, mas despidos de alma e personalidade na maior parte dos casos. Adiante. 


Olhem, gostei bué! Gostei mesmo, pá! Gostei tanto que fui bebendo com uma sofreguidão voraz, esvaziando a garrafa com uma velocidade estonteante. Copo atrás de copo, a coisa foi fluindo, foi indo. 


O vinho estava num estado de equilíbrio e finura assinaláveis, conseguindo, ainda, apresentar força, frescura, nervo e secura. Nada amorfo, como muitos dos seus congéneres, que caiem repetidamente num marasmo que enfadam até o tipo mais ecléctico (acho que já me referi nestes termos por variadas vezes). Apetece dizer, por isso: Pára tudo, que é disto que falo.

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